Uma coisa é certa: mudar dá trabalho.
E exige paciência, dedicação e comprometimento. O autoconhecimento é a chave
para uma vida mais plena e feliz, porque quando nos conhecemos nós sabemos o
que é bom e que não é bom para nós. O que nos faz bem e o que nos faz mal. O
que nos energiza e o que suga a nossa energia. O que nos motiva e o que nos
frustra. Sabemos de onde viemos e para onde vamos. Conhecemos os nossos
valores, nossos pontos fortes e fracos. E desta forma, fica muito mais fácil tomar
decisões alinhadas com quem somos e com o que realmente queremos, tudo de
dentro pra fora. É um processo de transformação constante. Tudo isso nos traz
um senso de significado e propósito, é como se tudo se encaixasse dentro da
gente e fizesse muito mais sentido. Sim, dá trabalho, mas vale totalmente a
pena!
O papel das nossas emoções
Nossas emoções funcionam como
um termostato importante para sabermos se devemos mudar os
nossos pensamentos. Uma emoção negativa, como medo ou tristeza, demonstram que
os nossos pensamentos não estão alinhados com quem somos.
A boa notícia é que podemos escolher intencionalmente melhores pensamentos que nos libertem dessas emoções. A escolha de um novo pensamento produzirá uma resposta emocional diferente. Somos nós que controlamos a criação da nossa experiência e isso começa com a prática de escolher pensamentos mais saudáveis que nos conduzam a um equilíbrio emocional.
Pense na seguinte metáfora:
Quando um trem está chegando numa
estação, podemos escolher embarcar nele ou não, dependendo de onde ele irá nos
levar. Assim devemos agir com os nossos pensamentos, nos perguntando:
"Este ensamento irá me levar para um bom lugar? Em caso negativo, podemos
simplesmente deixá-lo ir embora, ou seja, não embarcampos nele.
A fórmula é simples:
.
Pensamentos e
crenças ->
Sentimentos (resposta emocional) ->
Ações (resposta comportamental)
Você está realizado(a) no trabalho?
A autorrealização está ligada a trabalharmos com aquilo que realmente que nos dá prazer, satisfação e nos traz uma sensação de PROPÓSITO e SIGNIFICADO. Porém, muitas pessoas simplesmente aceitam as imposições e cobranças sociais e acabam sucumbindo em escolher uma profissão por razões convenientes. Escolhem suas carreiras por motivos de status ou por questões financeiras e acabam deixando de lado a sua verdadeira paixão - a que advém da nossa essência genuína, do EU mais autêntico. Mas será que isso vale a pena? Será que se alcançarmos status e uma boa condição financeira será suficiente para nos sentirmos realizados?
Algumas perguntas que podem gerar reflexão:
- Quais são as suas paixões?
- Quais são as suas paixões?
- Quais são os assuntos que te atraem?
- Em quais atividades você é naturalmente bom?
- Quais são os seus talentos especiais?
- O que as pessoas do seu convívio elogiam em
você?
- Que atividades lhe trazem grande
prazer?
- Qual contribuição especial você gostaria de deixar para o mundo?
O monge zenbudista japonês Yasuhiko Genku Kimura, especialista em ajudar as pessoas a encontrarem a sua paixão, nos diz que descobrir nossa verdadeira paixão é a natureza de nossa alma. Ela deseja se expressar, se manifestar. As pessoas querem ser quem realmente são. Quando fazemos algo que não tem a ver com a nossa paixão, nos sentimos infelizes. Quando queremos ser como outra pessoa, nos limitamos. Cada pessoa é única e original. A originalidade é um dos critérios para saber se alguém é, ou não, iluminado, porque quando uma pessoa se ilumina, se torna ela mesma. O monge acredita que cada alma tem uma missão específica, que é de sua responsabilidade e não pode ser transferida a ninguém. Realizá-la é tudo o que nossa alma mais deseja. Não há felicidade maior do que descobrir a paixão e estabelecer consigo o compromisso de viver de forma coerente com essa verdade mais íntima. Yasuhiko diz:
"Quando você faz algo que ama, naturalmente faz melhor. Se a sua profissão é uma expressão da sua paixão, a tendência é que você se torne um profissional melhor do que os que apenas têm talento para desempenhar aquela função. O que faz um grande mestre é a expressão criativa de sua essência. É isso o que permite o grande florescimento de nosso talento e genialidade. Só assim seremos pessoas bem-sucedidas. E, se a profissão é uma daquelas que envolvem muito dinheiro, você pode ficar rico ao mesmo tempo".
E quais são os sinais de que descobrimos a paixão da nossa alma? Quando isso acontece, sente-se uma certeza profunda e uma alegria imensa. É como se você descobrisse o sentido das coisas e soubesse, afinal, por que está nesta vida. Até que isso aconteça, há um sentimento de incerteza.
Quando você descobre sua paixão, você
sabe que sabe".
O vídeo abaixo "All work and all play" produzido pela Box1824 - uma empresa de pesquisa de comportamento do consumidor - traz esta reflexão de uma forma muito produtiva:
Coaching e a Jornada do Herói
Por Kátia Bueno
O renomado psicólogo Carl Jung,
criador da psicologia analítica, cunhou o termo “Individuação" para o
processo contínuo de aprimoramento pessoal, a busca de um indivíduo por
tornar-se "si mesmo" (“self”), a expressão da essência única que cabe
somente a cada um de nós realizar, o processo de trazer à consciência a suprema
realidade da alma.
Já o famoso mitólogo Joseph Campbell
chamou este processo de "Jornada do Herói", a jornada em busca de si
mesmo e de transcendência, onde o mais importante não é um ponto de chegada ou
uma meta a ser alcançada, mas a jornada em si, com todos os seus desafios e
aprendizados.
Para compreender melhor a razão
destes termos tão especiais como estes que citei acima - Jornada do herói e
si-mesmo (self) - é importante entender o significado de alguns conceitos à luz
da teoria junguiana:
EGO e SELF
O ego é a dimensão consciente da nossa personalidade, que nos permite dar conta de nossa identidade individual, enquanto o self abarca a totalidade (tanto nossos conteúdos conscientes quanto inconscientes), sendo também o centro regulador da nossa psique e ponto de passagem para uma dimensão transcendente, para o psiquismo universal.
O ego, segundo Jung, deve estar a
serviço do self, onde sua principal função é de intermediar o processo de
assimilação dos nossos conteúdos inconscientes na consciência, num processo
contínuo de integração e ampliação.
No entanto, quando um ego ainda está
imaturo e enfraquecido, o que constatamos no comportamento do indivíduo é uma
atitude de manipulação, ilusão, apego, e a busca por aprovação externa – um
estado de consciência no qual grandes conflitos e dramas emocionais podem
ocorrer.
O nosso verdadeiro poder, porém,
emerge das profundezas da nossa alma/self. Não se trata de ter poder sobre os
outros, mas sobre a nossa própria felicidade e destino.
Com o amadurecimento e estruturação
do ego, o indivíduo passa a identifica-se menos com os valores externos do meio
em que vive, e volta-se mais para as emanações do “self” – o centro da nossa
totalidade e ponto de integração de todas as nossas instâncias psíquicas
(personas, sombras, anima/animus, etc).
É importante ressaltar que para Jung,
a individuação não exclui a pessoa do mundo, mas aproxima o mundo dela.
Viver a partir da nossa perspectiva
interna, despindo-se de tudo o que é falso, tudo o que nos afasta da nossa
natureza essencial; e ao mesmo tempo conviver harmoniosamente com o meio
social, compreendendo o nosso papel e contribuição no contexto
evolutivo maior, é o nosso maior desafio, o grande salto em nossa
existência.
Neste contexto, o Coaching surge como
uma poderosa alavanca para impulsionar e direcionar o processo de Individuação,
pois conduz o indivíduo a um olhar mais profundo sobre si mesmo e seu processo
evolutivo, elevando-o a novos patamares de expressão e consciência.
O Coaching, através de técnicas
extremamente eficazes, conduz o Coachee ao reconhecimento de seus potenciais
latentes e talentos únicos, alinhando-os aos seus valores e propósito. Além
disso, desperta os recursos interiores, colocando o indivíduo no seu centro de
poder pessoal, viabilizando sua trajetória na realização de seus sonhos e
missão de vida.
É importante diferenciar o Coaching
da psicoterapia, visto que o Coaching tem foco no futuro e no alcance de um
estado desejado, já a terapia enfoca mais a análise dos conteúdos
psico-emocionais.
É fundamental esclarecer que o
Coaching pode ir muito além de trabalhar metas, competências e resultados. Em
sua essência mais profunda, o Coaching é um processo de comprometimento com a
evolução do ser humano, em torná-lo a melhor pessoa que ele pode ser.
O Poder das nossas Crenças
Por Kátia Bueno
Crenças são tudo
aquilo que nós acreditamos a partir da forma como nós filtramos e
interpretamos a realidade. Todos nós carregamos uma série de crenças que
foram sendo formadas a partir da nossa infância e ao longo de nossas vidas,
influenciadas pelos nossos pais, irmãos, parentes, amigos e também pelo
contexto sócio-cultural no qual estamos inseridos. Conforme a realidade que
experimentamos e a maneira como interpretamos estes eventos, assim vamos
construindo as nossas crenças. Elas não são propriamente boas ou ruins, mas
devemos prestar muita atenção a elas, pois elas afetam diretamente nossos
pensamentos, emoções e ações (comportamentos), e caso estejam fora do nosso
controle, operando sem consciência, podemos obter resultados indesejados. Todo
comportamento tem uma crença subjacente, portanto se quisermos alterar
um comportamento precisamos antes rever nossas crenças.
Antes de adentrarmos mais fundo neste tema, é importante ressaltar que para mudar um sistema de crenças é preciso estarmos abertos a explorar terrenos quase desconhecidos em nós e a nos desfazermos de uma parte bagagem que cada um de nós carrega consigo. Mudanças verdadeiramente profundas exigem muito mais que "fast-magias" ou frases poderosas penduradas na parede.
É preciso nos dispormos a encarar o nosso mundo interior e colocar luz naqueles pontos que passamos a maior parte do tempo sem questionar, assim mais fácil será compreender que ao longo de nossas vidas fizemos interpretações equivocadas que acarretaram numa série de conseqüências desagradáveis. Isto acontece porque o nosso sistema de crenças é capaz de alterar a nossa resposta perante o que nos acontece. Vamos entender isso melhor...
Algumas crenças podem nos ajudar enxergar a realidade de forma mais produtiva, da seguinte forma: Se eu acreditar, por exemplo, que tudo o que acontece, mesmo as situações ruins, são para o meu amadurecimento, então irei buscar o aprendizado positivo nas experiências que eu vivenciar. Esta crença irá gerar uma resposta emocional e comportamental positiva, pois a minha crença é que a vida está me lapidando em todas as experiências. Se, por outro lado, considerando o mesmo evento, se eu tiver a crença de que o mundo é injusto, posso me sentir triste e injustiçado naquele episódio e assim ter um comportamento depressivo. Veja que isto é apenas uma questão interna e de total responsabilidade de cada um de nós. Apesar de não termos controle sobre os eventos que nos acontecem, todos nós podemos ter controle sobre os nossos pensamentos e crenças, e em última instância, sobre como iremos reagir aquilo que nos acontece.
“Para dominar seus
pensamentos e sua imaginação e, por conseguinte, sua vida e seu destino, é
necessário primeiro que você domine seu capitão – suas Crenças” Mike Dooley
“O que você tem em sua mente terá em suas mãos” Bob Proctor
“O que você tem em sua mente terá em suas mãos” Bob Proctor
É claro que existe a realidade
lá fora, porém nós não podemos conhecê-la em sua totalidade, sendo que cada um
de nós é um agente ativo na criação daquilo que é realidade para nós. Nós
temos o poder de criar uma realidade melhor a partir da mudança das nossas
crenças. É claro que não precisamos mudar todas as nossas crenças,
somente aquelas que são limitantes ou negativas, abrindo as portas
para transformações positivas em nossas vidas.
Abaixo compartilho
os pontos que considero mais importantes para a que a mudança de crenças possa
ser feita de forma assertiva:
- Assuma a Responsabilidade
Nós não temos
nenhum controle sobre a realidade externa, mas a boa notícia é que nós
temos total poder sobre a nossa interpretação sobre ela, e assim
podemos mudar os nossos pensamentos e crenças a qualquer momento. Isto é de
total responsabilidade nossa, é apenas uma questão de escolha e atitude.
Temos que primeiro assumir
a responsabilidade pelas crenças que criamos e a partir disso agir
para transformar as crenças que não estão sendo positivas para nós. Lembre-se
que nossa mente subconsciente simplesmente acata, sem questionar, tudo aquilo
que nós escolhemos acreditar, seja verdade ou não.
- Identifique
Pensamentos e Crenças distorcidos
Pensamentos e
Crenças distorcidos podem gerar uma série de problemas e conseqüências ruins,
visto que eles terão um efeito imenso na forma de interpretar o mundo que nos
cerca. Abaixo seguem os tipos de distorções mais comuns:
-Fazer tempestade num
copo d’água
-Tudo ou nada
-Fazer suposições
-Confiar cegamente
nos sentimentos
-Generalizar
-Rotular
-Desqualificar o
positivo
-Baixa tolerância
às frustrações
- Questione suas crenças
Assim como nós
construímos as nossas crenças, nós podemos desconstruir as
crenças que não estão sendo úteis pra nós simplesmente colocando-as à
prova. Tente pensar nas situações que o levam a ter reações emocionais
desproporcionais ou comportamentos inadequados. Veja qual é a crença que está
por trás deles. Tenha coragem de questionar, de olhar uma situação de vários
ângulos, de ir mais fundo. Observe se você não acatou valores externos ou
imposições sociais que nada têm a ver com sua verdade. Reflita, avalie e se for
necessário, substitua sua crença. Mas atenção, toda crença tem uma
intenção positiva e um VALOR que devem ser preservados na substituição. Caso
contrário, tenderemos à retornar à crença antiga.
- Observe suas emoções e saia do comportamento reativo
Identifique o que
ativou suas emoções negativas (ex.: raiva, tristeza, mágoa, angústia,
insegurança, medo, etc.). Verifique a conseqüência e avalie a necessidade
de agir de forma diferente num próximo evento similar.
Ex.: Foi demitido (evento), ficou com raiva (emoção) e agiu de forma agressiva (comportamento).
Uma crença mais
produtiva neste caso, seria pensar que ser demitido é uma forma do universo nos
abrir novas portas, conduzindo-nos aos lugares que serão mais positivos pra
nós. Acreditar nisso pode aliviar bastante o impacto emocional de uma demissão
desencadeando numa resposta comportamental mais equilibrada.
- Atribua novos Significados
Nós podemos
atribuir novos significados e interpretações para fatos ocorridos no passado
que geram sofrimento, mesmo aqueles mais antigos, fazendo uma Ressignificação -
uma releitura mais positiva para aquele evento – porém sempre fazemos isso no
momento PRESENTE. Independente do tempo que se passou desde que um evento
ocorreu, para a mente ele está presente aqui e agora. Desta forma, podemos
ressignificar todas as nossas experiências desagradáveis, buscando a intenção
positiva que houve de nossa parte (e também as demais pessoas
envolvidas) e compreendendo o aprendizado contido naquela
experiência. O restante, principalmente as emoções negativas, podem ser
liberadas. Você não tem idéia do espaço interno que estamos liberando ao fazer
isso.
- Alinhe seus Pensamentos e Crenças às suas Metas e Sonhos
O ideal é que as
nossas Crenças estejam alinhadas com os nossos sonhos e metas, pois assim elas
estarão agindo ao nosso favor.
Se pararmos para
analisar as crenças das pessoas vencedoras iremos constatar que elas são muito
diferentes das crenças das pessoas que têm dificuldade em atingir o sucesso.
Além disso, é importante que haja congruência entre seus pensamentos e crenças,
seus sentimentos e atitudes, conforme quadro abaixo. O autor Aldo Novak explorou
bem este tema no seu livro “O Segredo para realizar seus sonhos”.
- Descubra o que você realmente quer e acerte o foco
A psicoterapeuta Clarissa
P. Estés, autora do maravilhoso livro Mulheres que Correm com os
Lobos, nos propõe, através do trecho abaixo, uma reflexão interessante:
“Imaginemos um
bufê com creme chantiliy, salmão, rosquinhas, rosbife, salada de frutas,
panquecas com molho, arroz, curry, iogurte e muitos, muitos outros quitutes
colocados em mesa após mesa. Imaginemos que examinamos tudo e vemos algumas
coisas que nos agradam. Podemos comentar com nossos botões, “Ah! Eu realmente
gostaria de comer um pouco daquilo, e disso aqui, e um pouco mais daquele outro
prato.”
Alguns homens e
mulheres tomam todas as decisões da vida dessa forma. Existe ao nosso redor um
universo que acena constantemente, que se insinua nas nossas vidas, despertando
e criando o apetite onde antes havia pouco ou nenhum. Nesse tipo de escolha,
optamos por algo só porque aconteceu de ele estar debaixo do nosso nariz
naquele exato momento. Não é necessariamente o que queremos, mas é
interessante; e, quanto mais examinamos, mais irresistível ele nos parece.
Quando estamos
ligados ao self instintivo, à alma do feminino que é natural e selvagem, em vez
de examinar o que por acaso esteja em exibição, dizemos a nós mesmos: “Estou
com fome de quê?” Sem olhar para nada no mundo externo, nós nos voltamos para
dentro e perguntamos: “Do que sinto falta? O que desejo agora?” E
a resposta costuma vir rápido. “Ah, acho que quero... na verdade o que seria
muito gostoso, um pouco disso e daquilo... ah, é, é isso o que eu quero.” Isso
está no bufê? Talvez sim, talvez não. Na maioria dos casos, provavelmente não.
Teremos de ir à sua procura por algum tempo, às vezes por muito tempo. No
final, porém, iremos encontrar o que procuramos e ficaremos felizes por
termos feito sondagens acerca dos nossos anseios mais profundos.
Escolher só porque
algo apetitoso está à sua frente não irá satisfazer nunca a fome do Self da
alma. É para isso que serve a intuição. Ela é a mensageira da alma.”
Quando nossas
crenças estão alinhadas com nossos desejos mais profundos, elas se tornam incrivelmente
produtivas pra nós.
- Busque inspiração
A PNL chama de
modelagem o ato de estudar pessoas brilhantes com excelência naquilo que
realizam. Nós também podemos buscar inspiração e observar as pessoas que
possuem qualidades que poderiam ser construtivas pra nós. Nos meus
atendimentos de Coaching, gosto de sugerir livros, filmes ou histórias
verídicas que podem trazer elementos importantes para nossa reflexão. É muito
importante que uma pessoa seja realmente convencida de que suas crenças precisam
ser transformadas.